Nosso desenvolvimento e nossa aprendizagem está relacionada com a interação social no contexto histórico-cultural em que vivemos. Acreditamos, que a curiosidade pelo saber promove ressignificações no ambiente social e na interação plural das relações humanas. Aqui, destacamos a educação como ponto de partida para a resiliência e afirmação das diferenças/diversidades relativa as questões de gênero e sexualidades no âmbito escolar. Objetivando identificar na concepção discente representações/estereótipos de preconceitos relacionado ao gênero e as sexualidades, realizamos uma pesquisa de caráter qualitativo, onde, desenvolvemos uma oficina sobre a Dança Tradicional do Cavalo Marinho com 40 estudantes, 27 meninas e 13 meninos. Para isso, entrevistamos e gravamos o diálogo de 12 discentes que não participaram da aula prática. Com base nas respostas buscamos: promover a resiliência no ambiente escolar, pois as diferenças que caracterizam a pluralidade sociocultural não justificam/admitem desigualdades; e, investir na diversidade cultural, no protagonismo da criança e do adolescente e na (re)construção coletiva do conhecimento. Diante da análise dos dados percebemos na concepção discente o fortalecimento e reprodução de modelos heteronormativos, que hierarquizam o machismo e fortalece o sexismo. Percebemos ainda, que às questões relativas ao gênero ainda ecoa e se associa de forma excludente, resistente e preconceituosa com outras temáticas relacionadas as sexualidades, principalmente nas aulas de Educação Física. Além disso, durante as atividades de resiliência vivenciadas no âmbito escolar observamos que os alunos são sujeitos de suas ações, portanto passíveis a mudanças de concepções previamente formuladas, e que as sexualidades se impõe como uma temática de interesse.