Formar docentes indígenas é de contribuição sine qua non para a criação de uma educação mais justa e inclusiva, especialmente ao ensinar conteúdos de Língua Portuguesa, valorizando a diversidade linguística e cultural. Além disso, tal formação pode fazer uso da Análise do Discurso (AD) para que os/as futuros/as profissionais da educação compreendam como o discurso é produzido e utilizado para reforçar ou desafiar as estruturas de poder, por exemplo. Logo, objetivamos apresentar neste trabalho reflexões sobre o lugar do/a indígena enquanto docente de Língua Portuguesa, partindo de uma linha do tempo específica sobre formação docente que considere as contribuições da AD para a práxis do/a futuro/a linguista em formação inicial. Para tanto, contaremos nesse percurso algumas vozes de sustentação, a exemplo de Foucault (2014), Barros (2015) e Bergamaschi e Leite (2022). Percebeu-se a urgência sobre uma formação docente intercultural, conforme proposta do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena – CLIND da Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL, suscitando a participação dos/as próprios/as indígenas na construção das políticas públicas e programas de formação.