Resumo
O presente artigo faz parte de uma pesquisa do curso de Mestrado em História e Memória da Educação da Universidade Federal do Ceará – UFC. Tem como objetivo analisar de que forma o uso e abuso de drogas está relacionado às diferentes práticas educativas e expressões de questões culturais da atualidade por meio dos relatos da história de vida do dependente de crack que assumiu o nome fictício de Bim Guerra. Relacionando conceitos e definições já existentes do que seja drogas e os conceitos moldados culturalmente pela a sociedade. Partindo das concepções de uma pesquisa qualitativa de cunho etnográfico, utilizamos como procedimento metodológico entrevistas, diário de campo e revisão bibliográfica. Na primeira parte apresentamos o percurso histórico das drogas e relatos da trajetória de vida do dependente biografado. A segunda parte oferece uma discussão sobre as definições essenciais dos marcos conceituais relativos ao uso e abuso de drogas, onde concluímos que sempre estiveram associadas a cultura, seu uso não ocorre de maneira involuntária nem tão pouco isolada. Percebe-se isso através das características arraigadas historicamente no seio da sociedade e disseminadas por meio de grupos e classes culturais e sociais onde o indivíduo está inserido, algumas destas características também estão ligadas ao consumismo e ao hedonismo.
Palavras-chave: Biografia; drogas e práticas culturais.