O presente trabalho tem por objetivo tratar da representação de atos considerados pervertidos contidos nas obras da banda heavy metal norte americana Cannibal Corpse. O principal problema tratado é pensar como sanções morais a determindos atos sexuais podem vir a se tornar sanções legais. Há uma certa noção de perigo relacionada a algumas manifestações artistícas que pode estar relacionada a utilização de um conteúdo que trata de práticas sexuais consideradas como perversões. Assim pode haver, em alguns casos, uma extrapolação da esfera moral para a legal, a partir de mobilizações de gruos sociais que pretendem regular a circulação de determinados tipos de produtos artisticos. Para tratar destas questões serão utilizadas teorias sobre a sexualidade e a construção de certas noções de perversão e estigma (Goffman, 1975), tais como as de Foucault (1977), Goerges Lanteri-Laura (2010) e Gayle Rubin (1993) que podem iluminar a análise. Casos ocorridos com a banda Cannibal Corpse, sobretudo, na década de 90 serão utilizados como material para a discussão. Além do arcabouço teórico serão utilizadas imagens e letras de música para elucidar as questões abordadas no trabalho.
Palavras-chave: sexualidade, perversão, heavy metal, antropologia, patologia.