Este artigo busca compreender como o avanço do discurso médico e as crenças do cristianismo, influenciaram de forma determinista a construção da identidade transexual entre os séculos XVIII e XIX e como este processo foi direcionado pela naturalização do sexo, ocasionando a estigmatização da diferença de gênero por meio de padrões normativos na diferenciação homem/mulher, sendo o fundamento desta divisão a padronização da normalidade que teve como resultado a distinção de características de gênero, ocasionando na identidade trans a sua patologização por não condizer com discursos normatizadores da sexualidade, resultando na impossibilidade do transexual exercer sua identidade no meio social.