Artigo Anais XI CONAGES

ANAIS de Evento

ISSN: 2177-4781

O PERFIL DA SEXUALIDADE DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DAS ESCOLAS ESTADUAIS DE CAICÓ/RN

Palavra-chaves: SEXUALIDADE, EDUCAÇÃO, SAÚDE Pôster (PO) / Poster Submission Gênero, Sexualidades e Educação
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Publicado em 03 de junho de 2015

Resumo

No Brasil, houve um aumento absurdo dos casos de Aids entre os jovens nos últimos anos. O aumento é de mais de 50% nesses seis últimos anos. Na última década, 34 mil jovens contraíram o vírus da Aids. Apesar de todos estes dados, o tema “sexualidade” ainda tem sido visto, como tabu, não mais pelos adolescentes, mas pelas instituições e pelos pais. Porém, observa-se que a desinformação tem contribuído para o aumento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e gravidezes. O presente trabalho apresenta o perfil da sexualidade do jovem estudante da escola pública do ensino médio da cidade de Caicó/RN. O projeto teve como principal método a aplicação de questionários com os alunos do ensino médio das escolas públicas do município de Caicó/RN, a partir de perguntas abertas e fechadas, caracterizando um questionário com levantamento de dados quantitativos e qualitativos sobre seus conhecimentos sobre sua saúde sexual, traçando assim um perfil destes adolescentes. Foram aplicados 408 questionários, representando 25% dos alunos matriculados nas escolas públicas de ensino médio da cidade. A faixa etária variou dos 12 aos 36 anos de idade, do 1 ao 3 ano, matriculados nos três turnos, todos os participantes foram esclarecidos do que se tratava o projeto e responderam de livre e espontânea vontade. Do total de alunos que responderam os questionários, 220 eram do sexo masculino e 188 do feminino. 75% dos alunos são apenas estudantes e 25% alunos trabalhadores. 99% deles, conhecem a camisinha masculina e 60% a feminina, 91% usaram a camisinha masculina, 1% usou a feminina, 7% não usou nenhuma e 1% já usou as duas. Os que nunca usaram ou não usam em todas as relações sexuais, dizem não usar porque incomoda ou simplesmente não gostam, alguns descrevem não ter dinheiro para comprar e ter vergonha de pegar no posto de saúde por a família não saber que já tem vida sexual ativa. Os dados mostram que nossos alunos estão iniciando sua vida sexual com 13, 14 e 15 anos. Apenas 45 alunos dos 230 sexualmente ativos usaram a camisinha em 100% de suas relações, os dados só confirmam o nível de vulnerabilidade destes alunos. Dos homossexuais, 60% afirmaram não usar preservativo. Ainda foi perguntado sobre quem já haviam feito algum tipo de exame para DSTs, 82% afirmaram nunca ter buscado uma unidade de saúde, 18% afirmaram ter feito algum exame, 22% já contraíram DSTs, quando perguntado quantos haviam feito o teste para Aids 17% já fizeram. 15% relataram terem filhos, apenas em 10% dos casos foram planejados, 5% estavam grávidas e 10% já realizaram aborto, informações preocupantes diante dos riscos com sua própria vida. Conclusão: Analisando os dados vemos um quadro crítico entre os jovens da nossa cidade, que é o espelho de dados apresentados no país, é notável que precisamos envolver nossos alunos no estudo das DSTs e da gravidez na adolescência, tornando-os vetores disseminadores de informação. São necessários investimentos a educação e a saúde, o trabalho articulado entre saúde x educação x família, precisam ser intensificados.

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