Em 2015 completaram-se 83 anos que o direito ao voto feminino foi conquistado no Brasil. Diversas bandeiras em prol dos direitos das mulheres foram levantadas a partir da década de 1970, principalmente por meio da ascensão do Movimento Feminista no Brasil. No entanto, apesar de muitos avanços alcançados no deccorer dessas oito décadas, de modo geral as mulheres ainda não alcançaram uma significativa representação nos cargos políticos e administrativos nacionais. Dialogando com a chamada Nova História Política, movimento que possibilitou o retorno das atenções aos estudos ditos políticos, o presente trabalho trata-se da representação feminina na política paraibana, levando em conta os arranjos familiares e a questão da continuidade e rupturaa em relação ao pertecendimento ou não a famílias de grandes nomes políticos. No que se refere ao pertencimento a famílias de força na política partidária, parte das prefeitas paraibanas estão sim imersas a essa realidade, não sendo, vale destacar, a sua totalidade. Tal processo de perpetuação de poderio via familiar, não está inserida na cultura política das mulheres paraibanas particularmente, mas sim na cultura política do estado da Paraíba, ou até do país como um todo, tendo à frente dos espaços políticos, nomes que representam a perpetuação do poderio político familiar de determinadas famílias.