O brincar é uma necessidade da criança que se utiliza dessa ação como uma linguagem ou forma de expressão, complexificando-a à medida em que aprende e se desenvolve. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é realizar uma análise reflexiva sobre o papel da brincadeira na aprendizagem e no desenvolvimento infantil. A metodologia utilizada tem caráter qualitativo, tendo sido conduzida uma pesquisa bibliográfica a partir de trabalhos de autores como Vygotsky (1998), Ariès (1981), Kishimoto (2011), Wajskop (1995), Heywood (2004), entre outros. Como resultados desta investigação, postula-se que a brincadeira contribui significativamente para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor da criança, por meio do movimento e da possibilidade de socialização e interação com outros sujeitos. A brincadeira possibilita que a criança explore sua corporalidade, os limites e possibilidades de si e do seu próprio corpo, ao mesmo tempo em que amplia sua compreensão do mundo, ao construir novos sentidos para a realidade que a possibilitarão desenvolver, de forma progressiva, sua autonomia e sua identidade. Ao brincar, a criança (re)cria a realidade, (re)produzindo relações, formas de ser, agir e sentir, e, com isso, modifica sua maneira de enxergar o mundo e as pessoas que a cercam, compreendendo sua função social, sua cultura e as regras da sociedade, além de intervir em seu entorno, tornando-se também produtora de cultura.