Este artigo trata das interfaces entre o uso de telas e os impactos dessa ação na aprendizagem infantil, visto ser notável o aumento de famílias que adere à permissividade do uso de equipamentos tecnológicos sem restrição de idade e sem limitação de tempo, pelos mais diversos fatores. Por outro lado, cresce, inclusive no meio educacional, a demanda pelo uso das tecnologias como forma de acompanhar a evolução da sociedade contemporânea. Com isso, esta pesquisa se justifica por colocar em pauta uma temática que se torna cada vez mais necessária, especialmente no ambiente educacional, onde entram em foco questões relacionadas aos aspectos cognitivos, psicológicos e sociais da criança, que têm estreita relação com suas vivências, sobretudo no seio familiar. Nessa perspectiva, objetiva-se: mensurar os impactos do uso de telas para a aprendizagem na infância; e específicos: investigar o que a literatura dispõe sobre as questões relacionadas ao uso de telas por crianças; descrever o que pensam os especialistas sobre o contexto digital e as implicações na aprendizagem das crianças; analisar os limites entre o uso de telas na infância e a prática da cultura digital orientada pela Base Nacional Comum Curricular, no que concerne à Educação Infantil. O estudo se caracteriza como qualitativo, além de descritivo e exploratório. Como procedimentos técnicos, opta-se por uma revisão de literatura, com base nos artigos publicados em anais de eventos e periódicos científicos sobre o tema nos últimos dez anos. Em conclusão, aponta-se que o uso excessivo de telas pode afetar negativamente a concentração das crianças, prejudicando a realização de atividades que requerem atenção sustentada, além de ocasionar diminuição da capacidade de executarem tarefas mais complexas, como leitura e resolução de problemas, habilidades que são essenciais para o desenvolvimento humano, e que têm sua base projetada desde a Educação Infantil.