As identidades são alvo de estudo e reflexão para a humanidade, presente nos mais diversos tempos da História, perceber as reconstruções e seus pontos de rupturas nos faz refletir mais intensamente sobre o papel da escola nesse processo de produção de memorias e identidades. Dentro de um quadro de fomento do turismo no interior do Nordeste, incentivado pelo governo federal, percebemos a construção das narrativas sobre o sagrado nos roteiros religiosos e a construção de identidades locais em torno da religiosidade popular, nos propomos a problematizar a criação e apropriação do curso técnico de turismo na cidade de Santa Cruz-RN, onde no currículo proposto a historial oral não encontrou em sala de aula espaço, nem a reflexão sobre a contínua construção da identidade religiosa do município, o curso técnico em turismo visto tanto pelo poder público como pela sociedade como mais uma iniciativa pública de ensino, pobre de significados e sem conexão com a comunidade local e suas demandas. A formação continuada de professores será problematizada dentro da perspectiva da Teoria Histórico Cultural do ensino, e da visão de professor pesquisador. O esvaziamento das turmas de terceiro ano do curso médio-técnico nos leva a questionar os espaços de diálogo entre os agentes públicos e a comunidade, e com pouca participação dos docentes e do incentivo à pesquisa na formulação do currículo do curso, engessando os conhecimentos transmitidos nas aulas. O estudo tem como tema gerador a construção da memória local e a apropriação da história oral para o currículo e para a formação dos docentes do curso de turismo e o papel construtor de identidades pós modernas, na perspectiva de criação e ressignificação desses ambientes sociais seguindo os paradigmas como narrativa, os elementos essenciais da sociedade, os processos de invenção da tradição e o mito fundacional de origem local.