A ansiedade é algo comum entre os jovens devido às características naturais da adolescência, mas o que vem ocorrendo, é um aumento nos diagnósticos do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). Dependendo dos fatores genéticos, ambientais, neurológicos, biológicos e psicológicos deste adolescente, a ansiedade pode se tornar patológica. A ansiedade, até um nível leve, não traz prejuízos significativos para os jovens. Porém, quando alcança um nível mais elevado pode acarretar danos cognitivos relacionados à memória e à atenção, ocasionando diminuição no rendimento escolar e dificultando relacionamentos interpessoais. Durante a pandemia de Covid-19, os adolescentes se afastaram do convívio social e de atividades coletivas. As aulas remotas por um período de aproximadamente dois anos, trouxeram mudanças de comportamento que devem ser melhor investigadas. Esse afastamento social é relevante visto que a escola é o ambiente onde os jovens vivem a maior parte do tempo e ainda, onde acontecem a maior parte de suas interações sociais. Após o retorno das aulas presenciais, as queixas relacionadas a dificuldades emocionais por parte dos jovens têm aumentado significativamente nos dois últimos anos. Considerando essas preocupações e levando em conta a percepção diária do aumento nos números em busca de atendimento psicológico em uma instituição de ensino público de período integral, foi realizada uma pesquisa através de questionários virtuais para tentar conhecer a atual realidade desses jovens e a partir daí, propor ações de prevenção e cuidados com a saúde mental dos estudantes. Alguns dados encontrados nos chamam a atenção, como cerca de 82% dos discentes afirmarem se identificar como uma pessoa ansiosa e destes, 61% acredita que a rotina de uma escola de ensino médio integrado atua de forma negativa sobre essa ansiedade. Outro dado importante é que 75% desses jovens já enfrentaram crises de ansiedade.