O trabalho em tela é um desdobramento da monografia de Conclusão de Curso: “Hoje eu me pari: escrevivências como ato de descobertas e resistências acerca da trajetória acadêmica”, em andamento no Centro de Formação de Professores (CFP), da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Este recorte é uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo, que tem como objetivo compartilhar a construção de um referencial teórico que nos possibilita pensar e discutir sobre as questões de gênero e de equidade nos espaços sociais, sobretudo no espaço acadêmico, que será o lócus no qual a monografia será realizada, trazendo à tona as escritas que, historicamente foram/são consideradas como subalternas, como um ato político, revolucionário e científico. Portanto, neste trabalho articularemos autoras decoloniais na construção de um referencial teórico para o trabalho de pesquisa com mulheres “subalternas”, conversamos e nos apoiamos teoricamente nas seguintes autoras: Ana Buquet (2013), Carla Akotirene (2020), Glória Anzaldúa (2000), Lélia Gonzalez (2020), bell hooks (2019), Françoise Vergès (2020), entre outras, por acreditar que seus escritos, suas ciências comtemplam o objetivo apresentado. Dessarte, a partir dessa proposta de construção do referencial, é que evidenciamos a importância de fazer ciência fora dos parâmetros coloniais e, para se pensar nas questões de gênero, apresentamos o diálogo/escrita de autoras em um movimento colaborativo, no qual nos permite evoluir nas propostas e nas discussões sobre gênero e políticas públicas, alicerçado no pensamento interseccional.