O presente estudo procurou avaliar a percepção de alunos de diferentes níveis da educação básica, iniciais e finais, de escolas do Piauí sobre o uso da metodologia ativa sala de aula invertida para o ensino de Ciências Naturais e Química. A partir dos resultados obtidos, verificou-se que experiências prévias com a metodologia, maturidade, adequação do conteúdo ao nível dos estudantes, presença de outras pessoas para auxiliar no acesso aos materiais e a motivação dos alunos podem influenciar na aceitação da metodologia sala de aula invertida. Observou-se um bom índice de aceitação do método pelos alunos dos anos finais da educação básica da educação pública (disciplina de Química), que vivenciaram o uso da metodologia pela primeira vez, os quais conseguiram perceber a importância do estudo prévio consistente, do momento presencial alinhado com as práticas propostas pelo professor, da avaliação coerente com todo o conteúdo ministrado e da dedicação e compromisso por parte dos alunos para que o desempenho acadêmico seja satisfatório. Por outro lado, observou-se desmotivação e não aceitação do método por alunos dos anos iniciais da educação privada (disciplina de Ciências), alunos mais novos e que já haviam vivenciado o uso da metodologia em sala de aula anteriormente. Nesse último caso, estudos mais profundos devem ser feitos de forma a se avaliar como foi essa primeira experiência de forma a se entender se há relação com a desmotivação e baixa aceitação apresentada.