O caminho percorrido pelo aluno desde a formação acadêmica até sua inserção no mercado de trabalho pode apresentar alguns obstáculos. Porém, quando pensamos no profissional formado com deficiência, é imprescindível que façamos uma reflexão sobre as barreiras de acessibilidade e atitudinais que favorecem a instalação de uma tendência desfavorável entre os diferentes sujeitos, onde um destes está fora das condições consideradas padrão. Temos como objetivo deste estudo investigar a relação entre formação acadêmica do egresso com deficiência e atuação no mercado de trabalho. Para isto aplicamos questionário on-line a alunos egressos no ensino superior contendo questões que descrevem sua vivência durante a graduação, desde o âmbito da sala de aula, das relações interpessoais, relação estrutural dentre outras, e sua condição atual enquanto profissional formado. Os resultados parciais mostram que os egressos com deficiência se sentiram incluídos pelos professores e colegas durante o período de formação acadêmica, assim como pelos servidores técnicos e administrativos da instituição. 66,7% dos egressos não estão atuando no campo de formação profissional, sendo o principal fator citado a falta de adequação da vaga à sua deficiência. A necessidade de disciplinas durante a graduação que discutam a inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho foi mencionada por 33% dos egressos. Os dados parciais corroboram com aqueles vistos na literatura e mostram que o processo de transição da universidade para o mercado de trabalho para pessoas com deficiência necessita de um olhar atento, uma vez que as dificuldades inerentes a estas são díspares àquelas observadas para pessoas sem deficiência. Os resultados produzidos por este estudo poderão contribuir com a discussão da temática nas instituições de ensino superior e em outras instâncias engajadas no processo de inclusão, formação profissional e acesso ao mercado de trabalho por pessoas com deficiência.