O presente artigo evidencia a necessidade de repensar as metodologias utilizadas em sala de aula e conseguir através destas mudanças fazer com que o graduando seja protagonista. O trabalho foi fruto de debates da disciplina “Regionalização do espaço brasileiro”, ministrada no 7º período do turno da noite, do curso de licenciatura plena em Geografia, na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), campus de Campina Grande. Na ocasião, a docente trabalhou o referencial teórico sobre as diferenças existentes entre o termo região e regionalização e para enfatizar pediu para que os graduandos (em dupla) trouxessem para sala de aula músicas que retratassem o conceito de região. Ao apresentar as melodias escolhidas, foi possível analisar: I) como os autores retratam este conceito-chave para a Geografia; II) quais as criticidades presentes nas letras; e III) como os autores abordam a região (se é com caráter geográfico ou popular). Diante de tal metodologia, identificou-se uma significativa participação dos discentes nas aulas, entendendo de maneira lúdica a junção do conceito atrelado ao cotidiano do aluno, haja vista que as duplas escolheram músicas como: “Nordeste independente” de Elba Ramalho; “Asa Branca” e “Nordeste pra frente”, cantadas por Luiz Gonzaga, dentre outras de conteúdo semelhante. Portanto, foi possível concluir que as aulas na graduação necessitam ser repensadas, para que possam ser revistas ideias existentes entre os próprios discentes, em que aula, só é aula, quando se usa slides ou textos. No mundo globalizado, existem outros recursos e metodologias que devem ser explorados, pois é uma oportunidade ímpar de (re)pensar sobre o ensino e a aprendizagem, ocorridas no ambiente escolar. A utilização de músicas é, desse modo, uma ferramenta relevante que podem (e devem) ser utilizadas como recurso no processo de ensino-aprendizagem em diversos ambientes, desde a educação infantil até o ensino superior.