O Parque Nacional Serra de Itabaiana (PARNASI) é considerado uma região limítrofe de transição climática onde se encontram variados tipos de espécies animais e vegetais, constituindo-se em um mosaico de habitats que favorece a coexistência de espécies da fauna e da flora devido aos importantes recursos que ali estão disponíveis. Ainda, nesse local, é possível encontrar os marsupiais brasileiros do gênero Didelphis sp., conhecidos regionalmente como “saruês”, que são extremamente marginalizados pela população devido a algumas características atribuídas a esses como desagradáveis. Nesse sentido, o objetivo do trabalho é relatar as experiências que emergiram de uma atividade de Extensão do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Sergipe, campus Professor Alberto Carvalho, cujo o estudo foi desenvolvido em duas escolas públicas do município de Itabaiana, localizadas no entorno do PARNASI, possuindo como público alvo estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental I (Anos Iniciais). Com relação à abordagem do tema, esse se deu através do emprego de uma Oficina Temática dividida em quatro etapas, baseando-se nos três momentos pedagógicos que consistem, basicamente, na problematização, organização e aplicação do conhecimento. Os estudantes das duas escolas foram receptivos com a oficina, já que essa estimulou a curiosidade geral, além de participarem de maneira efetiva nas práticas pedagógicas, mostrando uma compreensão considerável sobre a temática. No mais, o recurso didático utilizado apresentou-se eficiente, pois por meio das atividades avaliativas incluídas dentro dos momentos, os alunos apresentaram um alto grau de entendimento e, com isso, puderam desenvolver a conscientização, conforme aponta Freire (2008). Portanto, uma Educação Ambiental (EA) promove a condição básica para alterar um quadro crítico, como o dos saruês, e relacionar o conhecimento para reconfigurar ações para o cuidado ambiental.