Este artigo tem como objetivo analisar a implementação da gestão participativa nas escolas e apresentar os resultados apontados pelos questionários contextuais do SAEB/2019, que revelam fragilidades no exercício da democracia nesse contexto. Teoricamente está fundamentado nos pensamentos e estudos de PARO (2018, 2016) e SAVIANI (2012). A gestão participativa é um modelo de gestão escolar que busca envolver ativamente todos os membros da comunidade escolar, incluindo alunos, pais, professores e funcionários, na tomada de decisões e na construção coletiva do projeto educativo. Na introdução, discutimos a relevância da gestão participativa para a escola, enfatizando seus benefícios, como o fortalecimento da comunidade escolar, o desenvolvimento de um ambiente mais inclusivo e a promoção do engajamento dos alunos no processo educacional. O percurso metodológico tem como lócus as escolas públicas municipais e estaduais localizados na 9.ª Coordenadoria Regional de Ensino, na Região Metropolitana de Fortaleza, utilizando uma abordagem qualitativa. Foram coletados dados de 153 escolas, extraindo dos questionários as questões inerentes à temática de gestão democrática. Os resultados revelaram algumas fragilidades no exercício da democracia nas escolas pesquisadas. Observou-se uma falta de espaço efetivo para a participação e a tomada de decisões por parte dos diferentes segmentos da comunidade escolar. As reuniões eram pouco frequentadas pelos pais e alunos, e a estrutura de participação apresenta-se culturalmente imposta como regra. Além disso, verificou-se uma possível falha na compreensão dos gestores ao responder o questionário, que foi aplicado de forma eletrônica, o que pode ter prejudicado a fidedignidade dos dados. Com base nos resultados, destacamos a necessidade de promover um ambiente participativo e inclusivo na escola, estabelecendo mecanismos efetivos de participação e tomada de decisões que envolvam todos os membros da comunidade escolar.