Imaginamos, e por imaginarmos moldamos o mundo. Um elemento importantíssimo para as sociedades – tanto antigas quanto modernas – é a linguagem, caminho que abre inúmeros e variados espaços para novas leituras e, consequentemente, construções de realidades. Através de suas múltiplas manifestações e entendendo que o “fazer de conta” é uma das atividades mais essenciais para o desenvolvimento de novos conhecimentos, busca-se, neste trabalho, investigar a emergência de abordagens educativas que se baseiem nas faculdades da fantasia e da imaginação humana. Partindo do emprego do termo “pedagogia da imaginação”, por Italo Calvino, a pesquisa evoca a discussão sobre sua possível definição conceitual analisando documentos, relatos, bibliografias, entre outros materiais, – assinados cientificamente ou não – focando-se, principalmente, na frequência de utilização da terminologia pelos registros. Ademais, é discutida a aplicação de tal abordagem nas esferas educacionais através de práticas de metodologias ativas – mais precisamente o Role Playing Game (RPG) – e dos aspectos construcionistas da Aprendizagem Criativa, amparando tais reflexões em conceitos e experiências apresentadas por Sonia Rodrigues, Ricardo Amaral, Seymour Papert e Mitchel Resnick. Um último pilar referencial da pesquisa são os conceitos de fantasia ativa e fantasia passiva, de Paolo Legrenzi, funcionando como chave de ignição para uma proposta de atuação docente pautada no fomento à criatividade, tendo como ponto de partida os interesses próprios das/os estudantes.