O ingresso na educação superior exige adaptação quanto às formas de compreender, interpretar e organizar o conhecimento, que variam de acordo com áreas e disciplinas. O seminário possibilita a exploração e a seleção de fontes diversificadas de informação, em função do conteúdo e da finalidade pretendida na elaboração de sua execução, favorecendo o envolvimento dos estudantes no processo de ensino-aprendizagem, visto que assumem a posição de participantes e não apenas de espectadores. Objetivamos analisar experiências e percepções de estudantes de graduação sobre o seminário acadêmico, a partir de vivências de sala de aula. Para tanto, situamos o artigo no âmbito da Linguística Aplicada e reunimos estudos que têm discutido e concebido o seminário de diferentes formas, a saber: a) gênero textual (BEZERRA, 2003), b) exposição oral e gênero textual (DOLZ, SCHNEUWLY; PIETRO; ZAHND, 2004), c) instrumento de ensino-aprendizagem/aula expositiva (PINTO, 1999), d) evento comunicativo e de letramento (VIEIRA, 2005) e, e) evento comunicativo (MEIRA; SILVA, 2013b). Adotamos o modelo qualitativo de pesquisa para estudar os acontecimentos em seus contextos naturais (DENZIN e LINCOLN, 2006). Como corpus de análise, temos a transcrição de trechos das falas de 5 (cinco) estudantes que participaram de um curso de extensão. Os resultados parciais revelam que: a) os estudantes assumem diferentes concepções de seminário, porém complementares, e, que, b) os seminários são propostos para complementar e fixar os conteúdos das disciplinas.