Artigo Anais IX CONEDU

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

ESPAÇO E PAPEL DAS CIÊNCIAS PEDAGÓGICAS NOS CURSOS DE LICENCIATURA

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Publicado em 11 de dezembro de 2023

Resumo

Os cursos brasileiros de licenciatura têm sua primeira regulamentação oficial, na década de 30 do século XX, com a primeira reforma educacional de caráter nacional. Segundo Scheibe (1983), tal reforma deu origem ao esquema de formação docente conhecido como ‘3+1’, no qual bacharéis que quisessem, complementavam sua formação, com mais um ano de estudo de disciplinas pedagógicas, para obter o grau de licenciado. Esse modelo vigorou oficialmente até a década de 60. Atualmente, a LDBEN nº 9.394/96 rege a formação docente demandando formação que propicie conhecimentos de fundamentos científicos e sociais referentes à docência e, também, articulação entre teoria e prática. Baseando-me na noção de experiência de Bondía (2019), proponho-me a refletir sobre como conhecimentos pedagógicos estão sendo considerados por formandos e formadores, principalmente, dos cursos de licenciaturas em Pedagogia e Letras. Para tanto, considero relatos ou vivências experienciadas por mim ao longo de minha atuação como formador de professores da Educação Básica e no Ensino Superior, a partir da íntima relação entre saberes profissionais e disciplinares (TARDIF, 2013), inclusos aí os conhecimentos científicos pedagógicos necessários à atuação profissional docente. Tenho percebido certo desprezo de estudantes e formadores de cursos de licenciatura, principalmente por conta da diminuição de carga horária, de componentes curriculares de conhecimentos científicos pedagógicos ou de desinteresse por tais conhecimentos. Atualmente, isso ganha mais preocupação com a proposta da BNC-Formação (BRASIL, 2019), na qual tais conhecimentos se prestam a reforçar a dimensão tecnicista, apagando a intencionalidade e a profissionalização exigidas para a docência. Diante de tal cenário indago sobre o papel e o espaço dos conhecimentos pedagógicos nos cursos de licenciatura. Quaisquer repostas implicam o reconhecimento de que professores formadores ou em formação precisam dominar e valorizar minimamente conhecimentos pedagógicos e garantir a articulação entre conhecimentos profissionais e disciplinares (TARDIF, 2013) para a docência.

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