O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é definido como um transtorno do neurodesenvolvimento que vem crescendo gradativamente no número de casos diagnosticados atualmente. O espectro engloba diversas características que são apresentadas em cada caso e em diferentes níveis de suporte: padrões de comportamento estereotipados e restritos, rigidez cognitiva e dificuldades na comunicação social e interação social. A empatia cognitiva se refere à capacidade de adotar o ponto de vista do outro e representar os pensamentos, intenções, crenças e conhecimentos do outro. A literatura mostra que as crianças com TEA podem desenvolver esse componente da empatia de forma diferente das crianças neurotípicas, por isso, essa pesquisa em andamento objetiva avaliar o quanto mães de crianças com autismo e com desenvolvimento típico percebem que seus filhos manifestam a empatia cognitiva. A amostra, até o momento, conta com 26 mães de crianças (8 a 10 anos) diagnosticadas com TEA e 18 mães de crianças (8 a 10 anos) com desenvolvimento típico. As mães estão respondendo sobre seus filhos em uma adaptação do Interpersonal Reactivity Index (IRI) referente ao componente cognitivo da empatia (tomada de perspectiva e fantasia), como também o questionário sociodemográfico para analisar informações sobre o perfil da mãe e de seu filho, das particularidades do diagnóstico e das terapias realizadas por ele. Espera-se, a partir da análise de dados, que serão encontradas diferenças significativas nas médias de empatia cognitiva em relação à percepção de mães com filhos com TEA e mães de filhos com desenvolvimento típico. Sendo assim, será possível compreender de forma mais aprofundada sobre esse componente empático nesses indivíduos, podendo subsidiar intervenções terapêuticas que contribuam para a promoção da empatia.