O presente trabalho tem como propósito relatar uma experiência vivenciada por estudantes do Curso de Pedagogia do Departamento de Educação, Campus VII da UNEB – Bahia. Trata de evidenciar os resultados obtidos em um Ateliê Brincante, vivenciado com crianças da Comunidade de Caldeirão do Mulato- Sr. do Bonfim, Bahia, cujo propósito foi possibilitar momentos importantes de educação antirracista como possibilidade de ação na luta contra o racismo e o preconceito racial, potencializando a representatividade das populações pretas e a preservação das ancestralidades para uma comunidade quilombola, pertencente ao Território de Identidade Piemonte Norte do Itapicuru (TIPNI) – Bahia. Para tal, nos ancoramos nos estudos de Aparecida Ferreira de Jesus (2012, 2014a) a partir dos conceitos sobre Letramento Racial Crítico, com respaldo na implementação de políticas educacionais e linguísticas importantes que consideram as questões de raça, racismo e relações raciais, políticas como rege a Lei Federal nº 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica Nacional, pública e privada. Assim, abordamos a Literatura Preta como sendo aquela em que o autor/autora se assume como negro/negra, escreve sobre sua raça dentro do que significa ser negro/ser negra, suas estéticas e ancestralidades. Foi utilizada como metodologia o Ateliê Brincante. Desta forma, potencializamos, por meio das leituras mediadas, a representação da criança negra e a interpretação dos personagens, além das exposições fotográficas de artistas negros que foram importantes referências em nossa comunidade e sociedade. Para tanto, traremos neste relato os resultados do ateliê, as expectativas e objetivos alcançados.