O analfabetismo é um problema que infelizmente é comum em todo o território do Brasil, e no estadodo Rio grande do Norte não se faz diferente. Dados do IBGE do ano de 2020 apontam 372 mil pessoas analfabetas no estado. Desse total, 184 mil têm idade de 60 anos ou mais, o que representa quase metade dos analfabetos do estado. Pensando na importância de promover políticas que possam contribuir na redução desses índices, a secretaria de educação do estado por meio de seus diretórios regionais, criou política de erradicação do analfabetismo no RN. O programa alfabetizar quem narra histórias de vida, com duração de 5 meses, idealizado pelo 6° diretório de educação do estado, com o objetivo de resgatar cidadãos (homens e mulheres), que nunca puderam frequentar, ou que mesmo tendo frequentado, tiveram pouco tempo de convívio na comunidade escolar. Os proporcionando não só o espaço físico, como também o suporte educacional e pedagógico em espaços de muito dialogo e imensa troca de saberes, com os alfabetizandos e suas histórias como pilar central do processo. A presente pesquisa de caráter qualitativo, foi elaborada com o objetivo de analisar por meio das narrativas dos agora alfabetizados, qual a importância do programa em suas vidas e se o aprendizado obtido no programa está proporcionando melhorias em seus cotidianos de vida junto a sociedade, dando também a eles o espaço de narrarem suas histórias de vida, e o que os fez desistir ou nunca ter ido à escola. Sob a análise do autor/mediador para as narrativas reproduzidas pelos agora alfabetizados, o programa trouxe a esses egressos melhorias, hoje não sentem vergonha de escrever em público, alguns deles estão dando continuidade através da EJA regular, pois o programa despertou a eles uma imensa vontade de aprender ainda mais.