Este artigo, faz parte de um projeto de pesquisa que tem como objetivo refletir sobre o universo dos missionários da Companhia de Jesus no contexto espaço-temporal da capitania do Piauí, na primeira metade do século XVIII. Especificamente intencionamos apresentar as primeiras reflexões elaboradas sobre as práticas sócio educativas desenvolvidas pelos jesuítas junto à população negra escravizada que habitava nas fazendas de gado da Companhia de Jesus entre os anos de 1711 e 1760. A feitura do trabalho encontra-se fundamentada na leitura e análise de fontes manuscritas, produzidas na primeira metade do século XVIII que tratam com propriedade as práticas socializadoras dos jesuítas como senhores de escravos nas fazendas de criação de gado vacum e cavalar, além de outras fontes que sinalizam possíveis acesso da população negra escravizada no Piauí setecentista à cultura escrita. As análises preliminares das fontes têm revelado que os escravizados pertencentes aos missionários foram educados nos mistérios da fé, nos preceitos da lei de Deus, nas regras de bem viver como homens e mulheres cristão iluminado pela fé e instruídos nas atividades utilitárias do trabalho doméstico e com o manejo do gado e, por vezes, nos saberes do ler, escrever e contar. Palavras-Chave: Educar. Escravizados. Instruir. Jesuítas. Piauí.