O presente trabalho tem por objetivo discutir as formas de participação de alguns atores sociais, vinculados diretamente à comunidade escolar, na formulação e na implementação de uma política pública de educação integral, realizada no município de Campinas, interior do estado de São Paulo, à época da efetivação das escolas de educação integral. Abordar-se-á, neste exercício, o conceito de participação, refletindo acerca de seu significado real, a partir do movimento percorrido por alguns trabalhadores na constituição de um coletivo que desempenhou papel central em face a composição da política de educação integral adotada neste ente da federação. Para se analisar as formas de participação, se evidenciará o percurso realizado pelo coletivo de educadores envolvidos no processo, do qual se destaca as formas de organização desses atores sociais (grupos de trabalho e comissões), bem como o resultado do trabalho deste coletivo, o qual se materializou como subsídio ao novo modelo de atendimento escolar implementado. Nesse ínterim, busca-se analisar a conjuntura sociopolítica da época, bem como, abordar, em linhas gerais, os principais aspectos dessa política, nos pontos que evidenciam tratar-se de uma construção coletiva. A partir da experiência vivida em Campinas, se discutirá a importância da democratização, via participação dos sujeitos considerados “de baixo" nas decisões políticas, seja em âmbito micro ou macro institucional, em especial nos espaços de tomada de decisões que impactam diretamente os fazeres cotidianos das escolas.