Sempre que discutimos a relevância da educação, observamos a pouca importância dada às disciplinas artísticas em prol das que envolvem um saber científico mais voltado ao produtivismo e ao mercado neoliberal. Este artigo visa discutir essa relação, grifando a importância de se ensinar música e artes, nas escolas, para que o aluno não seja mais um produto do mercantilismo e, sim, um indivíduo como um todo. O principal objetivo dessa pesquisa é contribuir, diretamente, para a real instituição do ensino curricular da música nas escolas municipais, estaduais, federais e particulares em todos os níveis do aprendizado. Baseados nos estudos de Gil (2006) discutiremos à luz da filosofia de Byung-Chul-Han (2019), Edgar Morin (2006) e Martin Heidegger (2015) a questão do desaparecimento das relações entre o aprendizado e o produtivismo, onde o conhecimento leva à proximidade entre o aluno e a questão do ser. O ensino da música, seja através do canto coral ou de oficinas instrumentais, pode beneficiar o processo de ensino-aprendizagem, por meio da mediação de profissionais comprometidos e especializados, promovendo melhor relacionamento interpessoal dos pré-adolescentes que frequentam as escolas regulares.