Extensos conteúdos encontrados nos livros didáticos de Física, o enfoque do tratamento matemático e a falta de vínculo com o cotidiano dos estudantes acabam provocando pouco interesse e participação dos jovens, tornando o trabalho mais desafiador. Para fugir dessa lógica, a adesão ao ensino por investigação tem sido apontado explicitamente em documentos oficiais da Educação Básica, como a BNCC. O ensino por investigação permite uma aproximação a cultura científica por meio de ações na sala de aula que incentivam a elaboração de perguntas, criação e testes de hipóteses, análises, interpretações e comunicações de resultados, estimulando o pensamento reflexivo e a argumentação, essenciais para a vida em sociedade. Como forma de inserção do ensino por investigação nas aulas de Física, bolsistas do Programa Institucional de Bolsas e Iniciação à Docência (PIBID) desenvolveram uma sequência de aulas com enfoque experimental investigativo, para uma turma de 2º ano de uma ECI da cidade de Campina Grande-PB, relacionando o tema sustentabilidade à construção de um desidratador solar com materiais de baixo custo. O aparato permite a secagem de cascas de alimentos usados nas refeições da escola, que após a secagem viram adubos a serem usados nas plantas da escola. A sequência foi proposta para sete aulas. Nas duas primeiras aulas foi lançada a problemática, juntamente com a discussão sobre o tema sustentabilidade. Nas três aulas seguintes foi proposto, construído e posto em funcionamento o desidratador solar. Nas últimas duas aulas foi discutido sobre o funcionamento do desidratador, considerando a energia solar, processos de transmissão de calor (condução, convecção e irradiação), assim como a leitura e interpretação de termômetro. O objetivo principal foi relacionar os conhecimentos da física por meio de atividades experimentais investigativas com ações que instiguem responsabilidades sociais, desenvolvendo consciência ambiental e sustentável a respeito do consumo dos alimentos.