O depósito de esmeraldas de Carnaíba, situado no município de Pindobaçu, no estado da Bahia, Brasil, é caracterizado como um depósito magmático, com origem no fluido metassomático-hidrotermal. O Depósito está geologicamente associado a rochas máfica-ultramáficas e granitos. A gênese da mineralização da esmeralda está relacionada a eventos metassomáticos-hidrotermais entres os fluidos graníticos com as rochas ultrabásicas ricas em olivina que já estavam alojadas nos quartzitos da formação rio do ouro. Como resultado dessa interação, as rochas ultrabásicas foram transformadas em rochas como os serpentinitos, talco-carbonato xisto e flogopita xisto. Os fluidos graníticos entraram em contato com as rochas ultrabásicas por meio das falhas e fraturas, e essas rochas, por sua vez, sofreram transformações químicas pela interação com a água. Essa reação, chamada de serpentinização, se forma a partir de minerais como a olivina, resultando nos serpentinos, e causando a precipitação de outros minerais, como cromo, alumínio e boro, que circularam com os fluidos a uma temperatura que variava de 200 a 300°C, até o seu resfriamento e deposição nas fraturas de outras rochas. A deposição ocorreu através da cristalização fracionada, ou seja, pela deposição densitária dos elementos presentes nos fluidos, sendo as rochas encaixantes, aquelas que sofreram as transformações químicas, como os serpentinitos, flogopititos e até mesmo, os veios de quartzo, os quais se formaram durante a atividade tectônica. Este é um projeto social e de pesquisa, com o objetivo de levar a educação mineral e ambiental para a comunidade garimpeira da região de Carnaíba, desenvolvido por meio de uma cooperação técnica entre o IFBA e a CMB. O desenvolvimento do trabalho se deu por revisão bibliográfica e análise de dados obtidos em campo. Dessa forma, os resultados foram observados a partir de amostras de flogopititos, em contato com o quartzito que hospedava esmeraldas, confirmando a história geológica local.