Enquanto estudantes da licenciatura em Física e bolsista do Programa de Iniciação à Docência (PIBID/IFPE), ao sermos inseridos no ambiente foram realizadas observações de turmas de 1º e 2º anos do Ensino Médio. O objetivo desse trabalho é tecer reflexões teórico/práticas por professores de Física em sua formação inicial sobre a implementação do novo ensino médio em uma escola pública do Agreste de Pernambuco. Ao observar as aulas do professor de Física da escola, o cenário vivenciado foi alterado em comparação com nossa antiga vivência enquanto estudantes do Ensino Médio. Observou-se que a carga horária das disciplinas que compõem a formação geral foi reduzida, com um destaque para a disciplina de Física, por exemplo, as turmas de segundos anos tinham quatro aulas semanais antes da reforma do ensino médio, e passaram a ter apenas uma aula semanal. A reforma, denominada Novo Ensino, proporcionou a criação das "trilhas de ensino", de acordo com a trilha inserida esses estudantes recebem um aprofundamento na área de interesse. Em que tornou-se um desafio para os professores, que tiveram que se reinventar e adaptar com as novas disciplinas que necessitam ministrar, dentro da sua área de formação. A demanda aumentou não só para os estudantes que cursam mais disciplinas, mas também para os professores que necessitam se adequar a carga horária e ementas disponíveis, que em alguns casos não pertencem ao seu domínio. Um déficit no ensino de cada disciplina, dificulta o aprendizado do conteúdo, como é o caso das disciplinas de exatas, isso se torna um obstáculo a ser superado. Nas aulas foi possível perceber que os alunos estavam dispersos e com isso a única aula na semana torna-se pequena para a passagem do conteúdo. A implementação do novo Ensino Médio foi feita de maneira brusca sem a quantidade de pesquisas necessárias.