O Departamento Penitenciário Nacional (Depen), aponta que, nas últimas décadas, a população carcerária triplicou, saltando de 232.755 pessoas em 2000 para 773.151 em 2019. (FERNANDES, 2022). Dos mais de 700 mil presos em todo o país, 8% são analfabetos, 70% não chegaram a concluir o ensino fundamental e 92% não concluíram o ensino médio. Não chega a 1% os que ingressam ou tenham um diploma do ensino superior. Diante destes dados, é necessário esclarecer que menos de 13% da população carcerária tem acesso à educação. Soma-se a isto uma precarização no atendimento às necessidades básicas para que os detentos vivam de forma digna, em especial, a educação, Direito Humano, também garantido pela LEP (Lei de Execução Penal) e pela Constituição Federal de 1988. Em face dessa realidade, objetiva-se com este estudo analisar as possibilidade da metodologia proposta pela Aprendizagem por Projetos (PBL) com enfoque Ciência, tecnóloga e sociedade (CTS) para o ensino no cárcere. A PBL é uma ferramenta das metodologias ativas que insere o aluno em sua aprendizagem, por problematizar a realidade social, e o movimento CTS, aliado ao uso dessa metodologia, pode alavancar e potencializar o ensino. Espera-se, que por meio de um ensino que permita os reclusos a usar experiências reais ou simuladas em suas aprendizagens, aconteçam mudanças de comportamento em seu retorno ao convívio social. O estudo será de natureza qualitativa com base em pesquisas bibliográficas.