MATOS, Izabeli Sales et al.. A inclusão educacional para além do espaço escolar. Anais IX CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2023. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/95310>. Acesso em: 23/12/2024 04:13
A inclusão educacional da pessoa com deficiência ultrapassa os muros da escola à medida em que esses discentes participam de vivências em museus e equipamentos culturais em geral. Entretanto, ainda existem barreiras de acesso dessas pessoas a estes espaços relacionadas às condições estruturais (urbanística e arquitetônica), mas também à comunicação e à informação, à tecnologia e, especialmente, a atitudes de artistas, curadores, profissionais e estagiários que atuam nos referidos equipamentos. Dessa forma, o presente relato teve como objetivo descrever nossa experiência, enquanto docentes, na formação continuada "Diversidade e inclusão em espaços educacionais e culturais", desenvolvida para educadores do Museu da Cultura Cearense, no Centro Cultural Dragão do Mar e profissionais de áreas afins para que possam ser efetivadas ações inclusivas a "todos", na perspectiva do desenho universal. A referida formação, ministrada em 60 horas-aula, foi realizada por meio de exposição dialogada, vivências práticas, visitas técnicas a outros museus, elaboração de relatórios e live pelo YouTube. Foram aplicados conteúdos relacionados à autonomia na mobilidade da pessoa com deficiência, auxílio como guia para locomoção em espaços internos e externos do Centro Cultural Dragão do Mar, audiodescrição, Transtorno do Espectro do Autismo, além da observação, identificação e sugestões de adaptação e adequação para acessibilidade em museus. A citada formação fomentou reflexões e saberes acerca da inclusão da pessoa com deficiência nestes espaços. Além disso, as vivências práticas promoveram uma melhor compreensão acerca da necessidade das pessoas com deficiência favorecendo, dessa forma, a inclusão socioeducacional e sua participação efetiva nos referidos espaços. Além disso, identificamos a necessidade de rever a acessibilidade em algumas exposições para que discentes com deficiência possam efetivamente ser incluídas, empoderando-se de sua história e cultura.