Uma das críticas mais contundentes ao processo de ensino-aprendizagem de Química no Ensino Médio se refere a falta de contextualização das aulas, que seguem uma metodologia tradicional com fórmulas, memorizações, giz e quadro negro, divorciadas da realidade cotidiana e sem nenhuma conexão com o mundo que o aluno experimenta e conhece. Entre os obstáculos que inviabilizam aulas contextualizadas temos a falta de laboratórios, espaços, equipamentos, materiais e reagentes, a falta de apoio aos professores – que não dispõem de tempo e ajuda para montar as aulas -, e a falta de metodologias e práticas didáticas que aproximem a disciplina da realidade vivida pelos alunos. O objetivo deste trabalho e da pesquisa aqui desenvolvida é apresentar uma metodologia que prescinda de laboratórios, espaços, equipamentos, materiais e reagentes, podendo ser executada na mesma sala que se ministra aulas, com materiais de baixo custo, alternativos e/ou reciclados, de fácil execução, cujas práticas demandam pouca logística e não necessitam de apoio, pois os próprios alunos atuam como auxiliares do professor, são desenvolvidas no tempo destinado a aula, e, principalmente, para resolver o problema da descontextualização, trazendo uma metodologia ativa que utiliza uma profissão, a de perito ou analista químico, em um ambiente de imersão, onde cada aluno será um profissional capaz de receber uma amostra e, a partir de uma marcha sistemática, com orientação e participação do professor, realizar testes que irão identificar e responder, em cada etapa, os processos químicos envolvidos. Diante desse ambiente os alunos se sentirão parte de um contexto profissionalizante, cujo quadro apresentado remete a um ofício real, que ocorre no dia a dia, ao mesmo tempo em que ele tem contato com a prática, e necessita aprender para evoluir no experimento, de todos os processos químicos envolvidos em cada etapa, que serão justificados em um relatório, ou laudo, que deverá ser entregue ao final.