O curso de licenciatura em Geografia nos dias atuais tem como principal desafio preparar professores através de métodos de trabalhos alternativos para o desenvolvimento de cidadãos com uma nova mentalidade onde o coletivo supere o individual, além de considerar demandas antes ignoradas. Nesse sentido este relato de experiência está pautado em uma proposta que considera o trabalho de campo no entorno da cidade polo. Tendo como objetivos compreender como a Educação do Campo, realizada nas instituições de ensino, tendo como objeto de estudo uma Casa Familiar Rural (CFR) e uma escola indígena, além de possibilitar a compreenão de como a categoria trabalho é contextualizada enquanto uma possibilidade para a expansão da consciência crítica nas instituições. A metodologia pautou-se no Materialismo Histórico e Dialético, tornando possível dialogar sobre as práticas interdisciplinares nos colégios visitados, analisando o papel dos coletivos comunitários para a organização do trabalho educacional dentro da pedagogia da Alternância praticada nas Escolas do Campo. Como é o caso da CFR ou ainda na compreensão das comunidades envolvidas com as escolas visitadas, passando a entender sua cultura/história dos/as camponeses/as e indígenas a partir de algumas práticas de lutas e resistências para a permanência delas. Dentre essa diversidade de ações, visitas e particularidades, estimulou-se os acadêmicos a entender os princípios de uma educação indígena (intercultural, especifica, diferenciada e bilingue), problematizando a importância das lideranças políticas, culturais e religiosas na discussão do currículo escolar indígena, como símbolo de resistência e ao mesmo tempo considerou a prática pedagógica do trabalho de campo.