Este estudo tem por objetivo propor uma reflexão sobre contribuições do método (auto)biográfico para a formação do professor de Geografia. Embasado nas histórias e narrativas de vida, este método tem se apresentado como uma possibilidade entre as pesquisas sociais, sobretudo nas últimas quatro décadas. Esta pesquisa tem um caráter bibliográfico, evocando autores que já discutiram de forma qualitativa o uso das narrativas (auto)biográficas numa perspectiva da formação do professor de Geografia. Entre os principais autores trabalhados, temos: DELORY-MOMBERGER (2014) e JOSSO (2004) que discutem as fontes biográficas para a formação do sujeito. PASSEGGI (2021) e SOUZA (2006) que abordam o uso das narrativas nas pesquisas em educação no Brasil e sua importância na formação de adultos. Também utilizamos a pesquisa de BARROS e PINHEIRO (2017) que discutem o uso das narrativas (auto)biográficas na formação do professor de Geografia. A partir das reflexões evocadas, ficou evidente o quanto o uso dessas fontes são importantes na formação inicial e continuada dos professores de Geografia, possibilitando uma formação docente mais autônoma, reflexiva, sem desconsiderar as aprendizagens disciplinares, antes, centrando a formação no sujeito da formação e não apenas na formação em si mesma. Portanto, entendemos que o uso das narrativas, histórias de vida e fontes (auto)biográficas não se constitui na solução dos problemas da formação docente, porém, aponta um caminho, entre os tantos possíveis, para uma formação que valorize a história de vida do sujeito em formação, seus saberes experienciais e sua subjetividade como elementos fundamentais em sua formação pessoal e profissional.