O presente trabalho consiste compreender conceitual e analiticamente as práxis do processo sobre a produção periferia urbana contemporânea, em suas narrativas próprias. Como uma categoria de análise, nos assentamos no cotidiano, em Frehse (2016), Goffman (1967) e Lefebvre (1974), para desenvolver a perspectiva sobre a experiência urbana (Telles, 2005) que consiste na espacialidade, percepção, corporeidade dos sujeitos periféricos em seu movimento e entendimento sobre a sua urbanidade. Para isto, compreendemos o cotidiano como fundante a esta análise. O campo da experiência urbana periférica nos traz a possibilidade de investigar a relação com o Direito à Cidade (LEFEBVRE, 1969), pela multiplicidade e diversidade das periferias urbanas, propriamente com o recorte a zona leste de São Paulo em Cidade Tiradentes e São Mateus. Periferias que se configuram a partir de uma tentativa de estabelecer uma narrativa própria sem a necessidade de mediadores, assim como defende D’Andrea (2020), ao conceituar os sujeitos periféricos. Desta forma, como resultado parcial, apresentaremos análises de pesquisa de nível de mestrado, sinalizando e analisando as experiências urbanas e construção do imaginário do Direito à Cidade pela perspectiva da periferia, como compreendemos tal relação no urbano.