Os estudos migratórios mostram a existência de seletividade por idade nos movimentos de mobilidade espacial da população. Ao mesmo tempo, considerando as tendências recentes da migração interna no país, constata-se o crescimento dos movimentos migratórios de curta distância, em especial nas aglomerações urbanas. Nesse sentido, a literatura internacional tem destacado o crescimento da mobilidade residencial como forma recorrente de mobilidade espacial da população em regiões metropolitanas. Estas alterações nos fenômenos migratórios ocorrem no contexto de mudanças na estrutura etária da população que impactam a medição dos fenômenos migratórios, de modo que alguns autores têm valorizado a aplicação de análise de coorte em vez de período nos estudos de migração interna. Assim, este trabalho propõe um estudo sobre o perfil etário da mobilidade residencial de arranjos domiciliares no espaço metropolitano, a partir da análise de resultados de um survey retrospectivo acerca das trajetórias de mobilidade residencial de arranjos domiciliares realizado na Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV) em 2022.