Entendemos que as espacialidades dos jovens diz muito sobre como eles se organizam social e politicamente. Por isso esse entendimento da cidade como espaço político pretende pensar a cidade na ação dos jovens, na produção espacial que estes estabelecem como cidadãos neste mesmo espaço. Trata-se portanto de uma pesquisa empírica feita com jovens do 2° ano do ensino médio de uma escola estadual em Formosa-GO com o objetivo de levantar informações sobre o que pensam tais jovens sobre a cidade de Formosa-Go. Para isso foram realizados encontros periódicos em que os jovens eram convidados a refletirem suas vivências espaciais e políticas na cidade em rodas de conversas. Foi possível observar o quanto a ação política dos jovens tornou-se um ponto de inflexão em suas vidas em múltiplos aspectos, inclusive na luta por conquistar seus próprios anseios. Os resultados atestam, portanto, uma necessidade de pertencimento ao espaço, de quebra necessária e urgente de desigualdades, de maior envolvimento político nas decisões a serem tomadas pelos representantes do povo e uma maior organização representativa das juventudes como instância de diálogo e luta por seus anseios. As discussões (análises) geradas a partir dos resultados das rodas de conversas demonstram resumidamente que as juventudes possuem espacialidades que não são consideradas em seus espaços/tempos e que a cidadania ainda é uma luta política necessária do seio familiar à instâncias governamentais da cidade. Apontamos que as espacialidades dos jovens não é uma tema que interessa polticamente a organização da cidade.