Esta pesquisa de caráter exploratório, objetivou compreender como a segregação socioespacial influência nas possibilidades vivenciadas por jovens escolares que residem em periferias urbanas do município do Rio Grande – RS, e os desdobramentos da constituição identitária destes jovens. Por meio de uma pesquisa qualitativa, foi realizada uma revisão bibliográfica, consultas em fontes secundárias e adotou-se a técnica de Grupos Focais (GF) na interação com as fontes primárias. Realizaram-se quatro GFs com um total de 56 jovens entre 14 e 19 anos de idade, alunos da Escola Estadual Ensino Médio Brigadeiro José da Silva Paes, instituição essa que atende um conjunto de três periferias do município. A segregação socioespacial é ferramenta importante na manutenção da estrutura social, engessando as condições socioeconômicas dos jovens. As identidades se constroem no reconhecimento ou na alteridade com o outro, carregando as referências e repreensões de suas territorialidades. Assim, na busca por maior autonomia por parte dos jovens são estabelecidas novas relações com as instituições socializadoras como a escola, o trabalho, e a inserção de novas como a rua. Desta forma, esta pesquisa serviu de subsídio para a elaboração da atual dissertação de mestrado com a temática da vivência juvenil em porções periféricas, suas construções indentárias e a responsabilidade do Estado em mitigar as agruras engegradas em viver neste contexto socioespacial, pois estes jovens convivem com o preconceito de serem segregados espacialmente e excluídos socialmente, limitando seus acessos a oportunidades que permitam melhorar as suas situações socioeconômicas.