Esta pesquisa foi desenvolvida em uma escola pública situada na Amazônia norte mato-grossense cujo objetivo é analisar se as políticas públicas educacionais voltadas às condições escolares durante o período pandêmico atenderam equitativamente os alunos ou se acentuaram a desigualdade social no território brasileiro. Como objetivos secundários, busca-se compreender as principais dificuldades enfrentadas pelos docentes e estudantes participantes da pesquisa no contexto da pandemia. Trata-se de estudo de caso, quali-quantitativo, com revisão bibliográfica e pesquisa de campo, momento em que foi utilizado questionário semiestruturado com docentes e estudantes do Ensino Médio. Os resultados apontam que apenas 41,2% dos alunos tinham acesso frequente à internet para acompanhar as atividades, e 10,3% não dispunham desse recurso;13,2% acompanharam a totalidade das aulas remotas; 50% entendem que seus direitos educacionais não foram mantidos no período pandêmico pela ineficácia das políticas públicas educacionais, 77,9% não se sentem seguros para concorrer ao ENEM e vestibulares em razão da defasagem de aprendizagem. Os docentes tiveram a carga de trabalho aumentada no ensino remoto: montar aulas, vídeos, apostiladas, atender no WhatsApp, sem formação ou, quando existia, era ineficiente e muitas vezes sem detalhamento. As políticas públicas educacionais do período pandêmico foram insuficientes, sem equidade à manutenção do direito à escola aos alunos. Assim sendo, muitos foram prejudicados durante e após o período pandêmico, refletindo na aprendizagem, na evasão e na incerteza da continuação da vida escolar.