Em 1989 foi criado o Parque Nacional do Monte Roraima (PNMR) por intermédio do Decreto nº 97.887 de 28/06/1989, através do ‘Programa Nossa Natureza’, como uma unidade de proteção integral, que tem como objetivo a proteção de ecossistemas da Serra do Pacaraima, assegurando a proteção da fauna, flora e outros recursos naturais geológicos, geomorfológicos e cênicos proporcionando oportunidade controlada para visitação, educação e pesquisa científica (SILVEIRA, 2010). O PNMR tem assegurado pelo ICMBio a preservação integral de sua flora, fauna e demais recursos naturais, mantendo suas características geológicas, geomorfológicas e cênicas (REIS, 2006). Com o estabelecimento da Portaria nº 303 em 16 de julho de 2012, que instituiu o usufruto dos indígenas na área afetada por unidades de conservação fica sob a responsabilidade do ICMBio, que responderá pela administração da área da unidade de conservação também afetada pela terra indígena (Ingarikó e Macuxi) com a participação das comunidades indígenas, que devem ser ouvidas, levando-se em conta os usos, tradições e costumes dos indígenas, podendo para tanto contar com a consultoria da Fundação Nacional dos Povos Indígenas - FUNAI. Dessa forma, o presente artigo teve como objetivo demonstrar a relação dos ingarikó com Parque Nacional do Monte Roraima (PNMR) através do processo de implantação do Conselho Consultivo, considerando estudos já realizados na área, visitas in loco, entrevistas e produção de etnomapas que demonstram a relação dos índios com o PNMR.