O referido estudo objetiva compreender a potencialidade da organização de ensino de cidade com ênfase no conceito de lugar para o desenvolvimento do pensamento geográfico dos estudantes do 6º ano de uma escola estadual de Britânia/GO. Para isso, utilizamo-nos de uma metodologia qualitativa, e como procedimentos, observações do acompanhamento da dinâmica da sala de aula, de entrevistas semiestruturadas para identificação de possíveis evidências da filiação didática materializadas durante aulas e do experimento didático-formativo com suas ações, operações e tarefas sobre o conteúdo de lugar no espaço da cidade, tendo como ambos envolvidos a professora regente e os estudantes do 6º ano de uma escola estadual de Britânia/GO. Como autores, recorremos a Callai (2000) e Cavalcanti (2021), que discutem sobre o ensino de cidade e lugar em sala de aula, e de Davídov (1988) e Vygotsky (1991), que abordam a respeito das teorias críticas de ensino-aprendizagem. Como resultados, pontuamos que o ensino de cidade, tendo como ênfase o conceito de lugar, pode colaborar para que os estudantes formem o pensamento geográfico, na medida em que desenvolve uma prática cidadã do sujeito, que, ao aprender esses conteúdos, pode modificar o espaço que vive. Para isso, a organização de ensino precisa chegar ao seu nuclear, ou seja, levem os estudantes não apenas a definir, mas conceituar os conteúdos por meio da interiorização dos conhecimentos geográficos. Assim, entendemos que a Teoria Desenvolvimental, quando materializada nas aulas de Geografia, pode possibilitar que os estudantes desvelem os lugares na cidade e façam uso em seu cotidiano.