A construção de usinas hidrelétricas tem se expandido na região Norte do Brasil e tem ocasionado mudanças irreversíveis na paisagem, em aspectos ambientais, bem como nos costumes e fazeres relacionados ao turismo às margens dos rios. O rio Tocantins, a partir da construção da Usina Hidrelétrica Estreito (UHE), teve grande extensão transformada em lago permanente. As populações ribeirinhas, antes da formação do lago da UHE, desenvolviam múltiplas atividades, “dentre as quais destacavam-se o cultivo em vazantes nas margens do rio, trabalhos rurais nas pequenas propriedades sobre a ribanceira do rio, pescas, serviços públicos, trabalhadores na construção civil, coletas de frutos” (SILVA, 2017, p. 116), bem como barqueiros, barraqueiros nas praias sazonais e empreendedores do turismo de forma geral. Portanto, todos foram atingidos pela formação do lago da Usina Hidrelétrica Estreito, e tiveram seu modo de vida habitual alterado. Este trabalho tem como objetivo apresentar, a partir dos relatos dos barraqueiros associados, aspectos relativos à descrição das praias naturais e aspectos relacionados às praias artificiais, sendo: paisagem do entorno, estrutura físicas, descarte dos resíduos, acesso e transporte, fluxo de visitantes, dentre outros.