A fragmentação do aglomerado urbano é cenário de diversos problemas que afetam o cotidiano dos seus moradores, pelo fato de os aglomerados urbanos reunirem centros de comércios e serviços, cujos trabalhadores residem em bairros muito distantes destes locais, e de acesso de itens básicos para qualidade de vida – saúde, cultura, lazer e educação. A dimensão fractal (DF) tem uma boa contribuição para análises de crescimento urbano, expansão urbana e morfologia urbana, pois expõe a sinuosidade dos limites do crescimento, pressupondo elementos além da forma, apresentando até mesmo grau de densidade e características dessa flexuosidade. Ao representar as formas, pode mostrar uma permanência consistente de compacidade ou um espaço fragmentado de uma mancha urbana. O objetivo geral deste trabalho é investigar o crescimento da mancha urbana de Campinas – SP entre 1989 e 2021, através da DF, e a formação de espaços enclavados e fragmentados ao longo de mais de três décadas. Como objetivos específicos, este artigo busca identificar as direções do crescimento do aglomerado para delimitar as áreas com tendências comuns de expansão e ocupação nas unidades regionais administrativas existentes em Campinas e caracterizar seu crescimento urbano através da estimativa da dimensão fractal radial, definida com base na lei de atenuação da distância, centro-borda urbana. Os resultados mostraram que em 1989 a mancha urbana de Campinas apresentava DF de 1,4890 e em 2021 o valor aumentou para 1,5230. Esses valores indicam que tem ocorrido o aumento na fragmentação da borda e dos vazios urbanos no município neste período de 32 anos.