Traumatizar o discurso formal construídos nos pilares do conhecimento ocidental se faz necessário mediante ao processo de formação de professores que reproduz na educação geográfica regras, valores e conhecimentos formais estabelecidos na Mesmidade. Trata-se de um conjunto de ações que demandam mudança, um novo olhar para a educação geográfica como a quebra da homogeneização e padronização de conceitos para a construção de uma formação que acolha o Outro em sua diferença. Este trabalho tem como objetivo mostrar a importância de uma educação geográfica voltada ao Outro, um outro-modo-que-ser geográfico em que a responsabilidade e o acolhimento seja o caminho para uma educação ético-crítico do saber e do ser, abrindo possibilidade pensar as diferenças na educação geográfica como potencialidade do ser. Embasado na filosofia ética de Emmanuel Lévinas, as contribuições para a educação geográfica vem no sentido de repensar o conceito de lugar na geografia, sob a ótica da filosofia ética de Lévinas, revelando a relação com o Outro e as diferenças que acontece no lugar e o Outro geográfico. A Geografia Humanista de base fenomenológica nos ajudou na compreensão do fenômeno educacional, como parâmetro para compreender a potência da alteridade radical na educação geográfica. Espera-se que está pesquisa possa contribuir para se (re)pensar a formação de professores e a educação geográfica via alteridade radical para as diferenças.