A ciência geográfica sempre esteve presente na trajetória da humanidade, e falar de afetividade é realizar uma busca nos elos afetivos conquistados por uma geografia humanizada. Este estudo versa sobre as memórias afetivas que evidenciam histórias de gênero, com memórias de quatro avós que, através de suas histórias contribuíram para dar visibilidade a laços permeados por protagonistas que tiveram que resistir e lutar em meio a espaços escassos de voz feminina. A discussão dar-se-á por meio de narrativas descritas através das memórias, focalizando data de nascimento, história pessoal e familiar, fotos, objetos e lugares vivenciados pelas avós estudadas. Assim, para dar início às narrativas, é necessário pensar uma geografia que resgate e reflita a trajetória de mulheres que foram invisibilizadas e tiveram suas contribuições apagadas. Os relatos que serão contados aqui são familiares, mas, refletem milhões de histórias de mulheres que nunca foram contadas.