O presente estudo busca refletir os conceitos de verticalidade e horizontalidade na seletividade espacial para os usos do território no Vale do Jequitinhonha - MG. Tais conceitos vistos como indissociáveis neste trabalho discutem as forças verticais expressas no uso pela monocultura do eucalipto, de um lado; de outro, as forças horizontais oriundas das populações tradicionais agricultoras ali residentes como agentes aglutinadores de ambas as forças. Para tanto, a pesquisa in loco visa a compreensão com os agentes locais, com o intuito de se confirmar a combinação de seus interesses sobre o território e os seus usos, a constituição das redes e a propulsão da seletividade espacial. Ao analisar que a união através da verticalidade se apresente para o benefício egoísta dos agentes hegemônicos, temos a horizontalidade nas bases da sociedade civil ou da população que habitam o espaço regidos pela interação, e expressam a contiguidade dos lugares que formam o território. Com esta noção, a seletividade se apresenta como a própria síntese dialética do encontro entre a racionalidade contida na drenagem das corporações e a contrarracionalidade praticada pelos agentes em condições de subalternidade por meio de sua solidariedade orgânica.