O texto trata de uma revisão bibliográfica narrativa, realizada na busca por sustentação teórica de um dos capítulos da tese de doutorado em andamento. Por meio de artigos buscados no google acadêmico e de livros que tratam das temáticas envolvidas no estudo em questão, foram construídos pressupostos e premissas que poderão confrontar a seguinte hipótese: "As condições e estrutura do trabalho docente da escola pública, em função da gestão do Estado e das mudanças na lógica capital/trabalho, bem como os novos ritmos e estilos de vida, têm gerado, em grau deletério e avançado, o adoecimento mental do trabalhador docente". Para isso foram escolhidos autores que tratam da realidade de precarização e intensificação do trabalho docente, que buscam pensar a atual realidade da escola, que será abordada aqui enquanto ambiente educacional ou território no qual se dão as disputas entre o protagonismo do professor e a visão da educação enquanto mercadoria. Partindo da premissa de que o ambiente educacional é constituído por um espaço de reproduz as relações típicas do metabolismo antissocial do capital, portanto reprodutor de desigualdades e da exploração que leva ao adoecimento mental, o texto busca contribuir para a análise das condições de adoecimento mental do trabalhador docente, bem como das possibilidades do enfrentamento a partir da perspectiva da saúde do trabalhador, ou seja, da construção de uma geografia da saúde do trabalhador. Discute-se tanto o entendimento das condições de adoecimento mental, como o seu enfrentamento a partir da constituição das cartografias existenciais dos trabalhadores docentes.