No presente estudo discorremos a análise dos conflitos socioterritoriais do/no município de Codó no Estado do Maranhão, buscando (re)descobrir as forças confrontantes, e a intensificação no número de conflitos agrários no município, uma vez que o sistema de objetos não e? apenas técnico, mas também social, ou seja, e? reflexo e condição de ações políticas que participam da produção de uma ordem territorial dinâmica e funcional que se transforma em função dos padrões de produção e regulação capitalista. Tal processo gera conflitos, reflexos dos danos ambientais, da concentração fundiária e da sujeição dos produtores aos esquemas de financiamento à produção, em face do padrão produtivo que na região – conflitos que também emergem em razão do encontro de culturas diferentes e valores culturais etnocêntricos, os quais são portadores da ideologia da modernização as quais contrapõem aos das estruturas socioculturais preexistentes na região. Os conflitos e confrontos decorrentes das políticas desenvolvimentistas que ocorreram e ocorrem atualmente no território codoense têm refletido na vida dos camponeses locais, os quais têm passado por inúmeras mazelas ocasionadas pelas situações que lhes são impostas. Os distintos aspectos e dimensões daquilo que se convencionou denominar de desenvolvimento das grandes empresas e fazendas de grãos do município de Codó tem refletido em problemáticas para população local, tanto da cidade como do campo.