A neoextrativismo mineral, umas das principais atividades do setor primário extrativo e de transformação no Brasil, apresenta novas fronteiras de acumulação, constantes conflitos e diversas formas de r-existências nos territórios nas últimas décadas. No estado de Minas Gerais, que apresenta em sua formação geológica diversos tipos de minerais que são apropriados por empresas extrativas dentro do circuito econômico nacional/internacional, ocorrem experiências que promovem críticas e alternativas à mineração sobre territórios minerados e não minerados. Nesta perspectiva, a discussão e proposição de Territórios Livres de Mineração (TLM) é recente e está ocorrendo através de articulações nacionais, principalmente pelo Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) em conjunto com entidades científicas, universidades e comissões regionais de enfrentamento à mineração. Objetivamos neste resumo identificar e analisar oito experiências em curso pelos TLM no estado de Minas Gerais que se articulam em diferentes esferas contrárias à economia destruidora do neoliberalismo que acarreta devastação ambiental, ocorrendo reivindicações populares em luta por legislações e medidas restritivas/proibitivas ao avanço da mineração em novos territórios.