No Brasil, a expansão urbana dispersa originou problemas na mobilidade de passageiros, no transporte de mercadorias e em muitos outros setores. Os problemas do transporte público da Região Metropolitana da Grande São Luís abarcam os fatores físicos (insularidade, rios e relevo) e socioeconômicos (renda da população, infraestruturas e acessibilidade). Estes fatores remetem a formação socioespacial da região (COCCO, 2016). Em consequência, surgiu uma estrutura socioespacial apoiada pela pecuária e com relações sociais de cunho feudal (CUNHA, 2015). Em 1920, a população de São Luís evidenciou problemas de transporte, saúde pública e habitação (FARIAS FILHO, 2004). A pesquisa permitiu concluir que os principais problemas de mobilidade nos municípios da Ilha do Maranhão estão relacionados às demandas dos usuários do transporte coletivo, que saem de zonas periféricas e dirigem-se às zonas mais centrais para acessarem seus postos de trabalho, escolas, faculdades, comércios e opções de lazer. É válido ressaltar que grande parte desses deslocamentos ocorre porque a localização dos serviços não acompanha as demandas da população e, quase sempre, estão concentrados em áreas tradicionalmente mais centrais. Os bairros periféricos enfrentam um crescimento urbano espraiado e a quantidade de equipamentos urbanos não acompanha esse processo.